Sunday, July 28, 2013

Das coisas que eu nunca vou perceber:

Casais em que uma das pessoas chama "bebé" à outra. O que é isto? Uma maneira dissimulada de mostrar que há um grau elevado de dependência?

Tuesday, July 16, 2013

A última semana foi das piores da minha vida. Lido mal com a incerteza. Lido mal com o falhanço. E nessas alturas o meu modo de coping é fazer planos para se tudo correr mal, partir do pressuposto de que tudo vai correr mal e pensar no que fazer. Por isso na última semana, rodeada da sensação de não ser o suficiente, não saber o suficiente, não dar o suficiente de mim, fiz planos. Estudar Medicina Legal e inglês num semestre, fazer voluntariado num qualquer país no outro. Eu sou assim.

Nestas alturas descobrem-se os verdadeiros amigos. Aqueles que sabem o que dizer e o que fazer. Aqueles que dão apoio, que sabem não falar do que não é preciso mas ajudar a esquecer aquilo quanto ao qual (já) não há nada a fazer. É bom saber que eles existem. É bom saber que há amizades assim, (quase) incondicionais. 

A cadeira ficou feita. Os planos B que criei não vão ser postos em prática. Mas aquilo que tudo isto me ensinou tem uma utilidade. Não sou cristã e por isso não acredito que o sofrimento é bom. Não digo que o balanço foi positivo - não foi. Mas consegui tirar algo de bom de isto tudo: percebi realmente o que são pessoas imprescindíveis. A todas elas um muito obrigada.

Monday, July 8, 2013

A frustração

Chumbei a Medicina Legal.

(Acho que nunca tive um começo de um post tão fantástico.)

É basicamente isso. Já não chumbava a cadeiras há 3 anos (altura em que chumbei com 9,4 a Neurociências - no ano seguinte acabei Neurologia com 17, pormenores). Tive mais de 15 nos monstros deste ano. E chumbei a Medicina Legal, que é uma cadeirinha da treta. O mais ridículo? Eu até tinha estudado. Fiquei em casa a estudar quando podia ter ido para a praia. E agora tenho dois dias e nem sei bem o que vou fazer.


O engraçado é que o sentimento é um bocadinho diferente do de há dois anos. Claro que me paira na cabeça o medo de não ter passado ao exame que ainda não recebi a nota. Claro que me passa pela cabeça que posso chumbar na quinta-feira - e que isso é uma merda. Mas enquanto há 3 anos o sentimento era de tristeza, agora é mesmo só frustração. Porque estudei. Porque me esforcei. E sim, eu sei que a vida é mesmo assim, mas é uma merda.


(E irrita-me um bocadinho que digam que só calhei no monte errado; que o meu exame foi visto na altura errada; que tinha de ser alguém e (infelizmente) fui eu. Porque isso implica que não há nada que possa fazer. E esse sentimento é ainda pior.)