Thursday, March 28, 2013


Como prenda de anos o meu irmão partilhou este vídeo comigo. Partilho-o convosco porque é das coisas mais bonitas que já vi.

Tuesday, March 26, 2013

Há muitas alturas em que não concordo com nada do que diz. (É uma das razões para achar que a grande maioria das coisas não se devem aos genes.) Como ninguém pode ter uma opinião contrária à dele, nessas alturas aceno com a cabeça ou digo o típico 'hum hum'. Até que solta um 'o tempo voa', enquanto olha para a mesa à sua volta. Penso 'ao menos nisso estamos de acordo'.

Faltam dois dias para eu fazer 23 anos. Vinte-e-três. Como é que isto aconteceu?

Thursday, March 21, 2013

Eis o que acontece quando numa qualquer manhã se resolve usar meios de transporte que não os habituais. Ambas as situações se passaram no Cais do Sodré.

Um homem qualquer de 20 e muitos anos, que eu nunca vi na vida, toca-me no ombro.
Ele: Desculpa, podias-me dar o teu número de telefone?
Eu: Desculpe?! Para que quer o meu número?!
Ele: Acho que é um bocado óbvio...
Eu: Não vejo o que há de óbvio nisso. Para além do mais sou casada. Tenha um bom dia.




Uma mulher com 60 e tal anos que, tal como na situação anterior, eu nunca vi na vida começa, do nada, a falar comigo na paragem do autocarro.
Ela: Aquele mocinho dos Açores ou Madeira continua desaparecido, não continua?
Eu: Desculpe?
Ela: O mocinho dos Açores, que desapareceu aqui no Cais do Sodré. Não chegou a aparecer, pois não?
Eu: Acho que não.
Ela: É tão triste. Já viu? Vem passar férias e desaparece.. É como aquela miúda inglesa. Mas essa eu tenho cá para mim que anda na pedofilia. De certeza. Este miúdo é que não sei. Mas se me perguntassem eu acho que foram as prostitutas. Lá o viram a pagar a conta da discoteca, viram que tinha dinheiro e alguém o seguiu. Sim, porque nas imagens da discoteca vê-se que ele sai sozinho... Viu as imagens?
Eu: Não, não vi..
Ela: E aquele homem de 69 anos que desapareceu na semana passada? Que se meteu no carro e se perdeu? Também não percebo.. Se teve cabeça para ir até não sei onde, não teve cabeça para voltar?! Tinha 69 anos, não tinha 80.
E isto continuou durante os 10 minutos em que estive à espera do autocarro. Acho que a senhora deve ter falado de todas as pessoas desaparecidas dos últimos 20 anos. Quando vi que ia para o mesmo autocarro que eu ia morrendo. O que vale é que se sentou nos lugares prioritários, e eu disse que preferia andar na parte de trás.

É por estas e por outras que eu gosto muito do meu metro e de andar bem cedinho. Assim não tenho ninguém a chagar-me a alma.

Sunday, March 17, 2013

Anda por aqui uma gripe que já me começa a irritar. O que vale é que eu herdei o gene-da-resistência-aos-sintomas-da-gripe-das-7-da-manhã-às-6-da-tarde e durante o dia ando relativamente bem. As noites é que têm sido um inferno, com febre, arrepios e pesadelos (e todos os tipos e feitios). Felizmente já sinto algumas melhorias e, depois de 4 dias a chá e torradas (e mesmo isto só porque tinha de ser), ontem já comi comida de jeito. As cefaleias também já melhoraram e estou neste momento a faltar a um congresso para ver se estudo alguma coisa do muito que não estudei durante a semana.


A única coisa que me alegra é mesmo pensar que de hoje e a oito já estou em casa, onde vou ficar uma semaninha (ou duas, ainda estou a decidir),

Monday, March 11, 2013

O meu amigo Harry

O Harry é um novo amigo meu. Ele sabe imenso, mas às vezes é muito complicado na forma como me explica as coisas. Hoje vou riscá-lo pela primeira vez, e ele vai-me culpar durante os próximos 20 meses. Vai-me atirar os riscos que eu lhe fizer hoje à cara inúmeras vezes (espero eu). Eu estou com medo de o riscar e ando a adiar isto há 2 semanas, mas esta amizade custou-me os olhos da cara e mais vale aproveitar.

Friday, March 8, 2013

Quem me conhece sabe que a igualdade é um dos valores que defendo com mais afinco. É isso que celebro hoje: a igualdade entre géneros. Este dia serve para me lembrar de nunca me esquecer de estar grata por ter havido alguém a lutar por todas as coisas grandes e pequeninas do meu dia-a-dia. Poder vestir umas calças de manhã, poder estudar, poder vestir uma bata ao chegar ao hospital. Não quero uma flor, não quero um jantar. Quero só um minuto para poder estar grata.

Thursday, March 7, 2013

Não sei há quanto tempo há informações sobre o EDP cooljazz2013. Eu vi hoje e apetece-me bater em alguém: queria ir a três concertos. Não estou em Lisboa nessa altura.

Monday, March 4, 2013

dreaming in sepia.

Actualizou o 'estado' do facebook para dreaming in sepia, o que me levou a ir falar com ele no mesmo segundo. 'O estado do teu facebook é o nome de um antigo blog meu!'. Era aquilo de que ele estava à espera: tinha seguido o blog há muitos anos, quando eu o escrevia; hoje tinha estado a relê-lo e esperava através do facebook conseguir chegar ao autor. Disse que gostava muito da escrita, que eu tinha muito talento. Limitei-me a dizer-lhe que já tinha perdido qualquer talento que um dia pudesse ter tido. É a verdade: aquilo que a faculdade não me roubou perdi assim que aprendi a ser feliz. Mas se querem mesmo saber: valeu a pena.

Sunday, March 3, 2013

'cair em amor'


'Apaixonar' é umas das palavras portuguesas de que eu menos gosto. Não gosto da sonoridade. Quando comparada com as expressões equivalentes noutras línguas (fall in love, em inglês, tomber amoureux, em francês) tem muito menos impacto visual. 'Cair em amor' seria a tradução literal. 'Cair'. É engraçado, porque é exactamente assim que me sinto quando me começo a apaixonar. A cair. Quando dou por mim não tenho chão debaixo dos pés e move-se tudo muito rápido. Às vezes é quase como se estivesse numa montanha russa escura, em que perco o referencial por não haver luz e a dada altura já nem sei se estou com a cabeça para cima ou para baixo. 'Cair em amor'. Talvez a familiaridade com esta expressão se deva ao facto de, quando me apaixono, acabar por ficar na 'mó de baixo'; talvez nem toda a gente 'caia' realmente em amor.  Talvez eu só 'caia' por 'cair em amor' por homens indisponíveis, aqueles que me fazem realmente cair. Talvez isto se esteja a tornar um vício, como andar de montanha russa, em que enquanto lá estou só grito, mas quando saio só quero voltar a andar. Talvez seja isso, e eu já não me saiba apaixonar. Talvez já só saiba cair em amor.